Tribunais de contas brasileiros são destaque em pronunciamento da ONU

A iniciativa de trabalhar com o objetivo de contribuir para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta, efetivada a partir da realização do I Simpósio Internacional de Gestão Ambiental e Controle de Contas Públicas, encerrado na sexta-feira, 19, em Manaus, levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a incluir os tribunais brasileiros em um dos seus programas.

A revelação foi feita no final do evento, pelo diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o senegalês Bakary Kante, durante palestra no Hotel Tropical de Manaus sobre os principais problemas ambientais registrados no mundo. Segundo ele, ao reafirmar o seu compromisso de trabalhar pela promoção da sustentabilidade os tribunais brasileiros dão exemplo e mostram que somando esforços todos podem contribuir para o bem do planeta.

"Com este simpósio os senhores estão ajudando não só o Brasil, mas o mundo todo", destacou Bakary.

Durante sua palestra ele lembrou que o grande desafio do momento é fazer com que todos entendam o quanto o ecossistema, a natureza, é importante para todos e para a economia dos países.

De acordo com Kante, um dos grandes desafios a serem enfrentados diz respeito à colocação de um preço aos serviços oferecidos/prestados pela natureza aos homens e ao planeta, a casa de todos.

Segundo ele, é preciso trabalhar pela implementação de leis regionais, nacionais e internacionais para garantir a sustentabilidade da produção e também dos serviços prestados pelo ecossistema.

"Como garantir a sustentabilidade para o povo da Amazônia? Definitivamente, não se pode mensurar pobreza com quantidade de dinheiro. Meu pai não era pobre. Nós tínhamos três refeições diárias. As pessoas aqui na Amazônia não são pobres. Eles têm remédios, eles têm comida suficiente lá fora para fazer três refeições diárias. Então você não pode medir pobreza com dinheiro", afirmou.

Ele disse, ainda, que as pessoas acham que os recursos naturais são abundantes, que não custam nada e por isso podem acabar com tudo. Mas isso não é verdade. "Agindo dessa forma podemos contribuir com uma catástrofe mundial", alertou para um auditório atento, reafirmando a necessidade de se colocar um preço nos serviços oferecidos pela natureza.

Segundo ele, os recursos arrecadados com essa medida disciplinadora e de conscientização poderão ser utilizados para neutralizar os efeitos das devastações ambientais e socorrer as vítimas das grandes catástrofes.

De acordo com Bakary, para contribuir com a preservação do meio-ambiente os tribunais de contas devem mostrar para todos que a natureza gera muita riqueza para o país e tais recursos devem estar integrados as finanças nacionais.

"Quando os ministérios da Fazenda entenderem o quanto isso é importante para todos, eles vão passar a ser mais responsáveis", acredita. "Nós temos que entender os desafios do século XXI e a partir daí poderemos sair lá fora para advogar e educar as pessoas para que vejam o que a natureza faz e pode fazer por nós", completou.

TCE/AM

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